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Futebol
O avançado encarnado, reforço para a época 2019/20, revelou como tem sido a adaptação ao Clube da Luz, falou de alguns costumes, hábitos, curiosidades... e muito mais!
06 setembro 2019, 19h00
Raul de Tomas
Está a competir há um mês em Portugal. Qual é o balanço que faz desta adaptação ao Benfica e a esta nova cidade?
Estou muito feliz por estar aqui. Era onde queria estar desde o princípio do verão quando o Benfica contactou o meu representante. Eu queria vir para aqui, estou a adaptar-me e, a cada dia que passa, sinto-me melhor.
Foi emprestado algumas vezes durante o período em que representou o Real Madrid. O que é que sente um jovem que tem um sonho de estar num clube com a dimensão do Real Madrid, mas que vai sendo emprestado?
No Real Madrid é muito difícil jogar. Assim sendo, tive que sair duas, três vezes. Correu muito bem. Posso dizer que foi muito bom para o meu crescimento e para conseguir estar aqui.
Serviu para preparar a vinda para o Benfica?
Sim, foi o que aprendi nesses clubes que me permitiu vir para cá. O Benfica é um clube enorme e para eu estar aqui tive que jogar e marcar nessas equipas para conseguir estar num Clube como este.
Quais são as primeiras impressões sobre a Liga Portuguesa?
São boas, muito boas. São ligas diferentes. Sempre joguei em Espanha e, como já disse, é uma questão de adaptação progressiva ao jogo e ao estilo dos adversários da Liga. Eu não conheço a maioria das equipas, por isso há um período de adaptação que vai melhorando a cada dia que passa e oxalá possamos conseguir grandes coisas.
Em termos de competitividade quais são as diferenças entre a La Liga e a Liga Portuguesa?
Há muitas coisas, sobretudo o ritmo. Provavelmente, em Espanha há mais ritmo de jogo, mas no fundo o que está em causa é uma bola e onze jogadores de cada lado. Aqui há mais espaço para jogar e em termos de circulação de bola é mais rápido, e a diferença não é assim tanta.
O que pode dizer dos jogadores que encontrou aqui no Benfica? Por exemplo, o Grimaldo tem mais ou menos a sua idade. Chegou a competir com ele na formação em Espanha?
Eu coincidi com o Grimaldo nas seleções jovens de Espanha. Creio que nos Sub-17 ou Sub-18 por isso, já o conhecia, mas o que se passa é que já não nos víamos há muito tempo e penso que já nos tínhamos cruzado num Barcelona-Real Madrid e, posso dizer, que fico muito contente por tê-lo aqui. O Grimaldo tem sido um grande apoio e todos os companheiros têm-me ajudado muito a adaptar.
O Raul pertence a uma família de futebolistas. Era inevitável ser jogador de futebol?
Há casos de pais que foram jogadores e os filhos nunca jogaram futebol, mas, na verdade, desde pequenos que o meu pai nos meteu o futebol na cabeça e, de facto, eu e o meu irmão somos jogadores de futebol. No fundo, o meu pai é o principal responsável por tudo isto ter resultado. Foi ele que sempre nos aconselhou desde pequenos e, graças a ele, fomos superando etapas.
O Míchel no Real Madrid aconselhou-o a ir para um colégio interno. Qual foi a importância desse momento?
Foi muito importante na minha vida. De facto, na altura, estava a pensar em coisas extra futebol e ele ajudou-me muito a estar concentrado no futebol e, creio, que a melhor decisão para mim foi entrar nesse colégio para estar com rapazes da minha idade e, sobretudo, estar focado no futebol que era o mais importante. Quando és jovem, tens tentações que podem ser prejudiciais e se não tiveres alguém de fora que te ajude a estar centrado no futebol, provavelmente não vais conseguir chegar ao teu máximo das capacidades.
O Raul vem de um clube com uma dimensão global [Real Madrid]. O que nos pode dizer das instalações que tem aqui no Seixal?
Digo sempre, às pessoas que me perguntam pelo Benfica, que é o mais parecido que já vi ao que existe no Real Madrid, sobretudo nas instalações. Inclusive, creio que o arquiteto responsável pela cidade desportiva deve ser o mesmo do Real Madrid porque é tudo muito parecido, por isso está tudo bem e estou contente.
Na formação foi treinado por Zidane. O Raul já disse que desiludiu o Zidane. Porquê?
Ele sempre foi o meu ídolo desde pequeno e quando treinei com ele, na verdade, não foi um bom ano para mim. Gostaria que as coisas tivessem corrido melhor porque era o meu ídolo e eu queria agradar a uma pessoa como ele.
Durante os empréstimos afastou-se da zona de conforto. O que é que isso trouxe ao "homem" Raul de Tomas?
É difícil quando sais da tua cidade. Custa um pouco, mas é como tudo na vida. É como aqui. Tento adaptar-me a tudo o mais rápido possível. Ao princípio custa, mas quando te adaptas, tudo fica bem. Sou uma pessoa muito independente. É verdade que todos necessitamos de ter a família por perto, mas considero-me uma pessoa madura, independente e penso que em todas as situações consegui-me adaptar rápido e sozinho.
Uma das ideias que está associada ao Raul é o foco que tem com o treino e o trabalho. Dá muita atenção e privilégio à necessidade de descansar. A que se deve esse foco no pós-treino?
Acredito na recuperação, no descanso e no trabalho que faço às tardes. Creio que para estares ao mais alto nível tens de estar preparado e há mais de quatro anos que tenho um treinador pessoal que está comigo todos os dias e tentamos fazer tudo da melhor forma para que quando chega a competição esteja tudo perfeito.
Pode-se dizer que é obcecado pelo treino?
Sou muito perfecionista e tento cuidar de tudo da melhor maneira. Há situações em que, por mais que trabalhes, as coisas não resultam bem, mas com paciência e com foco no trabalho, elas acabam por acontecer mais tarde ou mais cedo.
Cristiano Ronaldo é uma referência para si?
Sim, é um jogador que gosta muito de trabalhar, é muito profissional e penso que há que o ver como um exemplo, assim como todos os jogadores que encaram as coisas assim. No fundo, os jogadores vivem do corpo e têm de estar perfeitos para quando chega a competição estar tudo impecável. O corpo é como um automóvel. Se não lhe colocares gasolina ele não anda. Então, é igual. Se não cuidas do corpo a 100%, não podes ter um rendimento a 100% nos jogos.
Passou a ser muito mais cuidadoso com o detalhe da alimentação. Até que ponto é que leva essa preocupação?
Há uns anos, eu não dava muita importância à alimentação e, quando comecei a ter o meu treinador pessoal, mudei as minhas rotinas de alimentação porque entendi que era o mais necessário. No final, a alimentação e o descanso são 80% do rendimento e acho que é muito importante alimentar-me de forma perfeita para render o que quero.
Por que motivo nas costas tem R.D.T. e não Raul de Tomas?
Eu e o meu treinador pessoal estávamos a conversar no carro e ele perguntou porque não punha R.D.T. em vez de Raul de Tomas? Pensei nisso e, porque não? Gosto de ter as iniciais na minha camisola.
No Benfica também usa o n.º 9. Este é o seu número da sorte?
Desde pequeno que uso o 9, exceto quando estive no Valhadolid e no Córdoba. Mas sempre joguei com o 9 porque é o número de que gosto.
O que pode o Raul dizer aos adeptos do Benfica sobre a questão dos golos?
A única coisa que posso dizer é que tenham tranquilidade. Sou uma pessoa que confia em mim a 100%, as coisas vão saindo pouco a pouco. A mim, o que me importa não é o que as pessoas possam pensar sobre os golos, mas sim que a equipa ganhe todos os jogos, no final isso é o mais importante. Enquanto a equipa continuar a ganhar, mesmo que eu não marque golos, estou tranquilo. Quando estás seguro de ti mesmo, não tens de sentir-te nervoso. Eu vou sempre respeitar a opinião dos adeptos, das pessoas, da Imprensa, mas nesse sentido estou tranquilo, porque marquei golos toda a minha vida.
Texto: Diogo Nascimento
Fotos: SL Benfica
Última atualização: 21 de março de 2024