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26 fevereiro 2021, 10h35
Programa "Pelas Casas do Benfica"
O presidente da Casa Benfica Albufeira, Carlos Santos, explicou como tem sido lidar com esta pandemia e os esforços que têm sido feitos.
"Dentro daquelas que são as nossas responsabilidades como órgãos sociais e direção da Casa, tudo temos tentado para que o concessionário, que nos paga renda e é o motor da Casa, se mantenha… Não tem sido fácil, nem para nós, nem para eles. Esta Casa vive muito do simpatizante que ao final do dia gosta de cá vir petiscar um pouco e isso, neste momento, não é possível", referiu o presidente.
"A questão do takeaway mantém viva e aberta a Casa, mas obviamente o rendimento não é suficiente para as responsabilidades financeiras que o concessionário e nós temos", reforçou.
Apesar das dificuldades, a Casa n.º 61 do Benfica nunca ponderou fechar por completo, e Carlos Santos garante que a vontade de trabalhar é a mesma de sempre: "No primeiro confinamento estivemos fechados durante um mês, com todo o prejuízo que isso implicou, mas assim que foi possível abrimos em regime takeaway. Mais tarde, com todas as normas da Direção-Geral da Saúde conseguimos abrir no verão, e quando as coisas estavam a ficar um pouco melhores, houve novo confinamento… Temos de viver com o que temos, estamos abertos, estamos vivos e continuamos cá com vontade."
Vanessa Vieira, responsável pela restauração e bar da Casa Benfica Albufeira, explicou como está a funcionar o serviço atualmente.
"Trabalhamos aos almoços, com os pratos do dia… Somos mais procurados pelos nossos clientes regulares. A nossa ementa é muito baseada na cozinha algarvia. Temos as famosas papas de Xarém, que são muito procuradas, as quais fazemos todas as sextas-feiras. Também temos muito peixe frito, cabidela, feijoada… Temos uma ementa variável consoante as estações do ano. Também dispomos de serviço de entrega ao domicílio", contou.
Também a Casa Benfica Algueirão-Mem Martins, em Sintra, teve de se reinventar, canalizando esforços para o takeaway e para a entrega de refeições na casa dos clientes.
"Temos conseguido ultrapassar, aos poucos, os percalços que nos têm aparecido no caminho. Tivemos de nos reinventar e arranjar novas formas de trabalho, e até agora o sentimento é o de dever cumprido… Conseguimos manter a porta aberta e continuar a satisfazer os Sócios através do takeaway, que surgiu com a pandemia. Foi uma forma de nos fazer abrir novamente o restaurante", frisou o presidente Manuel Filipe.
"O cozido à portuguesa, que é um prato fixo às quartas e domingos, tem saído bastante. Vamos fazendo a ementa, adaptando ao que temos em stock para evitar ir às compras o máximo possível. Divulgamos a nossa ementa na página da Casa Benfica Algueirão-Mem Martins e depois a mesma é partilhada por várias pessoas", acrescentou.
A Casa n.º 223 continua a apostar na vertente solidária e, à semelhança do que aconteceu no ano passado, já está a recolher garrafas de água para doar aos bombeiros.
"As pessoas podem ajudar passando pela Casa e deixando as águas, ou temos Sócios que nos deixam o dinheiro e depois somos nós que compramos. Temos ainda os nossos parceiros, vamos pedindo a vários sítios… No ano passado conseguimos juntar cerca de 3500 litros, mas estou convencido de que neste ano vamos conseguir ultrapassar", antecipou Manuel Filipe.