Bolas paradas desequilibraram

RESUMO DO JOGO

Nesta quarta-feira, 3 de setembro, no Multiusos de Gondomar, a equipa de futsal do Benfica perdeu ante a congénere do Sporting, por 1-6, no jogo da Supertaça.

Naquele que foi o primeiro jogo oficial da temporada portuguesa 2025/26, o campeão nacional apresentou-se com um cinco inicial composto por André Correia, Silvestre, Afonso Jesus, André Coelho e Arthur.

Após instantes inaugurais amarrados, André Correia tentou a sua sorte de longe, sendo o esférico sustido por uma defesa de Bernardo Paçó (2'). Na resposta, Merlim disparou para intervenção atenta do guarda-redes benfiquista (3').

A ameaça seguinte registou-se apenas aos 6', quando Diego Nunes, em posição frontal, atirou rasteiro junto ao poste direito para uma grande parada de Bernardo Paçó. No minuto seguinte (7'), na área adversária, Higor quase serviu Silvestre de bandeja, mas o guarda-redes leonino intercetou. Na insistência, o pivô rematou ao lado.

Com o ritmo mais acelerado e o jogo repartido, Pauleta, de fora da área, enviou uma bola ao poste, à passagem dos 8'. No mesmo minuto, André Correia travou uma tentativa de chapéu de Taynan.

O marcador foi inaugurado no 9.º minuto, na conversão de um livre em posição frontal nas imediações da área, por parte de Merlim (0-1). Logo depois (9'), André Coelho tentou responder pela mesma via, num livre mais distante, mas Bernardo Paçó defendeu.

O Sporting tornou a criar perigo de bola parada, desta feita num canto, aos 10', tendo André Correia bloqueado tiros de Tomás Paçó e Merlim.

Reorganizadas após um desconto de tempo, as águias voltaram à carga por intermédio de um disparo longínquo de Diego Nunes, que saiu um pouco ao lado (11').

À passagem dos 13', o jogo mudou. Após rever uma dividida entre Rúben Freire e Diego Nunes no suporte de vídeo, a equipa de arbitragem expulsou o internacional brasileiro com um cartão vermelho direto, assinalando a 6.ª falta do Benfica.

André Correia ainda susteve o livre direto sem barreira de Merlim, bem como a insistência de Taynan e uma posterior tentativa de Merlim, mas, em superioridade numérica, a formação verde e branca marcou por intermédio de Diogo Santos, à entrada da área (0-2, aos 14').

Logo no minuto subsequente (15'), foi assinalada a 7.ª falta do Benfica, por parte de Kutchy sobre Bruno Maior. Chamado à cobrança do livre direto sem barreira, Tomás Paçó converteu (0-3).

Apesar das contrariedades, os comandados de Cassiano Klein ainda tentaram reagir com remates de Carlos Monteiro (17') e Higor (18'), defendidos por Bernardo Paçó, e um tiro de André Correia ao ferro (18').

Ainda assim, foram os leões que marcaram. Já após André Correia fazer a mancha a Diogo Santos (19'), o árbitro assinalou falta de Arthur sobre Bruno Maior (confirmada no suporte de vídeo), a 8.ª das águias. À primeira, no livre direto sem barreira, Tomás Paçó estremeceu o poste, mas o mesmo foi repetido, por alegada interferência de Afonso Jesus. Na repetição, o fixo marcou (0-4, aos 20'). Quatro tentos sofridos no 1.º tempo, três deles de bola parada.

Numa 2.ª metade com menor chegada às balizas, as primeiras oportunidades pertenceram ao Sporting: André Correia parou disparos distantes de Tomás Paçó (21') e Bruno Pinto (25'), e Pauleta errou o alvo por pouco (24').

Já aos 27', Rocha acertou no poste, e, segundos depois, Higor, ripostando, rematou ligeiramente ao lado da baliza leonina.

No minuto 28, Bernardo Paçó anulou uma chance adversária, ao defender uma tentativa de André Correia, assim como a recarga de Carlos Monteiro, e lançou uma rápida transição, concluída por Taynan (0-5).

Pouco depois (29'), numa das mais exigentes intervenções da noite, Jacaré atirou em força à entrada da área para mais um desvio de Bernardo Paçó.

Numa das derradeiras incursões ofensivas sportinguistas, Wesley emendou um cruzamento rasteiro, oriundo de um canto, para o poste, aos 31'.

Sem deitarem a toalha ao chão, os comandados de Cassiano Klein apostaram no 5 para 4, a partir dos 32', com Arthur como guarda-redes avançado. Neste contexto, criaram algumas ocasiões para marcar: Bernardo Paçó bloqueou tiros de Arthur (35') e André Coelho (37'), e Afonso Jesus ficou muito próximo de encostar para dentro da baliza (36').

No penúltimo minuto, Merlim cometeu a 6.ª falta do Sporting, ao tocar com a mão na bola, e Arthur não desperdiçou o livre direto sem barreira (1-5).

Já a cerca de 20 segundos do fim, André Coelho disparou para as mãos de Bernardo Paçó, que agarrou o esférico e o atirou para a baliza deserta, fixando o resultado final em 1-6.

No próximo compromisso, agendado para as 20h15 de terça-feira, 9 de setembro, o Benfica visita a AMCO Arena, casa do SC Braga, num embate da 1.ª jornada da 1.ª fase da Liga Placard.

DECLARAÇÕES

Cassiano Klein (treinador do Benfica): "A parte emocional não correu bem; a nossa equipa envolveu-se em questões extras do jogo, o que, com certeza, afetou muito, sem tirar o mérito da equipa do Sporting. O grande pilar da nossa equipa é o de competir muito, a equipa que consegue ser constante e vencer o jogo. E, se nós analisarmos o jogo, nós fugimos muito disso. Tivemos uma grande oportunidade de repetir a forma como terminámos a época, mas não conseguimos, e temos agora a oportunidade de corrigir muitas coisas. Quando começamos a competir com arbitragem é muito desafiante. Eu não estou aqui a entrar na questão de acerto ou de erro, mas nós, emocionalmente, irritámo-nos com algumas decisões da arbitragem, e não pode ser, porque nós estamos aqui para jogar e eles estão aqui para arbitrar."

André Coelho (fixo do Benfica): "Dar os parabéns ao Sporting, foi um justíssimo vencedor. Hoje não conseguimos ser nós próprios, não conseguimos produzir o que queríamos. Pedimos desculpa a esta moldura humana que encheu o pavilhão e a quem está em casa. Há erros para corrigir, mas vamos dar a volta. Há dois meses estávamos em festa; hoje perdemos. Não somos os piores do mundo, nem antes éramos os melhores. Amanhã é um novo dia, e estamos agora focados no primeiro jogo da Liga. [Pouca crença ao intervalo em virar o resultado?] Não, pelo contrário. O que vi no balneário foi um espírito que não vi no último ano do Benfica. Comecei a ver no play-off, e hoje estava um espírito fantástico, com a malta toda a acreditar. Não foi possível. Também na 2.ª parte não conseguimos a resposta que queríamos e não entrámos bem. Acabámos por sofrer o 5-0, tudo nos correu mal, mas estamos aqui para dar a cara e dar a volta. Somos campeões nacionais e, com este grupo fantástico, vamos dar a volta."